Deus Pai, desde o início dos tempos se revela aos homens através da criação. É o Catecismo da Igreja Católica que ensina que Deus criou o mundo ordenado e bom. “Originada da bondade divina, a criação participa desta bondade: E Deus viu que isto era bom…muito bom (Gn 1,4s). Pois a criação é querida por Deus como um dom dirigido ao homem, como uma herança que lhe é destinada e confiada. Repetidas vezes a Igreja teve de defender a bondade da criação, inclusive do mundo material (CIC 299).
Como a criação participa da bondade divina e ela é ordenada, ela também “sente” os efeitos do pecado. O Arcebispo Dom Domingo Castagna, assinalou que “a opção pelo pecado desordena a Criação, conduzindo o homem ao caos” .

Algo envolvendo o mistério da criação se revelou aos nossos olhos, diante do que ocorreu em parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Um meteorologista explicou que houve uma verdadeira “batalha” nos ares, entre uma massa de ar quente com outra massa de ar fria, que ficou represada nestes territórios. Essa foi uma explicação científica. Mas olhando para a história da salvação, quantas vezes vimos a natureza da criação se unindo a justiça Divina para corrigir e educar um povo.

Em um dos terços da madrugada conduzido pelo Instituto Hesed, a Ir Maria Raquel comentou sobre aquele fato no RS, onde um homem socorrista atendendo o pedido de uma criança, que estava no barco, que pedia para pegar a boneca que estava boiando nas correntezas, e ele ao pegá-la viu que se tratava de um bebê sem vida. A Ir. Maria Raquel, face a face com o Santíssimo disse: “Sobre esse acontecimento, do bebê sendo retirada das águas sem vida, me faz recordar dos muitos bebês que são tirados as sua vidas no ventre de suas mães” . É claro que o bebê nas águas foi um acidente, mas pensamos nos muitíssimos bebês que são tirados as suas vidas das águas do ventre materno; desde os abortos ocultos através dos anticoncepcionais até as outras modalidades que tiram a vida do bebê em estagio mais avançado.

Quanto o Senhor tem a nos dizer com este acontecimento. Um homem se sensibilizou ao ver em seus braços um bebê sem vida. Quantas são as mulheres que na natureza original foi colocado uma maior sensibilidade, estão endurecidas e não se enternecem nem mesmo por um bebê que está sendo gerado em si. Quantas mulheres estão endurecendo os seus corações e não permitem mais que as águas de seu útero, que é o precioso líquido amniótico, gere vida. O Brasil mesmo sendo a maior nação católica do mundo está no patamar de fertilidade abaixo do nível de reposição da população, hoje estamos com o vergonhoso índice de 1,64 nascimentos por mulher, segundo o último senso.

O que está acontecendo conosco católicos, como não estamos conseguindo ver os filhos como o dom mais excelente do matrimônio?, como disse São Paulo VI na Humanae vitae.

Ficamos tocados quando a natureza leva bens materiais e vidas embora. Mas será que não nos sentimos tocados, por não permitir que novas vidas humanas surjam nos matrimônios através dos nascimentos das crianças?

Que possamos fazer o bem enquanto temos tempo (Gl 6, 10).

Cleonice M. Kamer


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1 https://www.acidigital.com/noticia/3094/arcebispo-argentino:-pecado-desordena-criacao-e-conduz-ao-homem-ao-caos
2 Instituto Hesed – https://www.youtube.com/watch?v=ADXX7weDMSA
3 Abortos Ocultos – https://www.youtube.com/watch?v=VXcpiktmYfM
4 https://www.google.com/search?q=fecundidade+no+brasil&rlz=1C1ONGR_pt-PTBR1067BR1067&oq=fecundida&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqDAgCEAAYQxiABBiKBTIKCAAQABixAxiABDIGCAEQRRg5MgwIAhAAGEMYgAQYigUyBwgDEAAYgAQyBwgEEAAYgAQyBwgFEAAYgAQyBwgGEAAYgAQyBwgHEAAYgAQyBwgIEAAYgAQyBwgJEAAYgATSAQk1ODc5ajBqMTWoAgiwAgE&sourceid=chrome&ie=UTF-8