Reconhecer-se como parte do Carisma, cultivar o sentimento de pertença é fundamental para o crescimento de um membro numa Nova Fundação. Os que estão repletos do “espírito de pertença” comungam do mesmo propósito, seguindo o exemplo das primeiras comunidades cristãs: “A multidão (…) era um só coração e uma só alma…” (At 4,32). Nascidos “não da vontade da carne e do sangue”, não de simpatias pessoais ou de motivos humanos, mas “de Deus” (Jo 1, 13), de uma vocação divina e de uma divina atração.
Pertença não é apenas o ser parte, é mais, é principalmente fazer parte de forma ativa. É deixar-se enraizar, se doar, se tornar responsável pelo crescimento comunitário na fidelidade ao projeto de Deus. É um membro que dá força, dá ânimo, auxilia, suporta o outro e, em outra ocasião, é ele próprio que, necessitando do mesmo tratamento, o recebe de Deus, através de seus irmãos. É um corpo só, sofre-se junto e alegra-se junto.
Faz parte da identidade da vocação a prática da ascese, que leva o membro a viver a seriedade do próprio caminho e a ter consciência de que faz parte de um corpo chamado à santidade. Viver em Comunidade exige maturidade humana e espiritual, capacidade de entrega, vivência do Carisma, regras que não podem ser negligenciadas, saber se esforçar para assumir seu dever, para responder com renúncias se for preciso, com o sacrifício da missão da qual se é chamado.
É específico também da identidade da vocação o apostolado, que significa estar em missão em todos os momentos. Todas as ações de um consagrado fazem parte de sua missão, suas ações naturais do dia a dia, no relacionamento com as pessoas ou diante de um povo numa pregação. Desde o ventre materno somos chamados por Deus a segui-Lo, a aprender viver com Ele. Vivemos em missão a vida inteira, buscando o Reino de Deus no exercício das funções e ordenando todas as coisas segundo Deus.