Nossos ouvidos estão saturados de tantas e variadas histórias ali armazenadas desde a nossa infância. Será que sabemos da nossa única e verdadeira história? Quantos, por exemplo, ‘fazem cidadania’ para pertencer aos países donde seus antepassados vieram… E nós sabemos de onde viemos e para onde iremos?
A palavra de Deus revela nossa belíssima história e de que país somos descendentes. “Antes que tu fosses tecido no ventre de tua mãe Eu já te conhecia e amava. Antes que saísses do ventre de tua mãe Eu já te havia separado para a amizade comigo.” – Lá, como cidadãos do infinito, é que vamos nos fixar eternamente.
Se não conhecermos a nossa “realeza”, pois somos filhos do Rei dos reis, é muito fácil sermos enganados e até mesmo roubados da nossa herança que consiste em estarmos com Deus na Vida Eterna: o Céu.
Os “múltiplos” enganadores nos dizem: você não pode ser bom, você não pode ser justo, você não pode acreditar no Amor de Deus. Olha para o mundo, não há bondade, não há justiça, não há amor é tudo tão falso, tão isto… tão aquilo… Isto acontece precisamente porque não sabemos e, por vezes, não queremos saber da nossa história e cidadania.
Neste mundo, vivemos com uma estadia brevíssima, mas é aqui que decidimos a nossa escolha eterna: voltar ao ventre Trinitário, que nos chamou do nada para a existência do Amor, ou então tornarmo-nos um abortivo lançado às trevas infinitas da ausência total da luz do Amor (o inferno).
A promessa de Jesus Cristo, Filho de Deus humanado, de ir preparar-nos uma morada eterna é para aqueles que nesta vida terrena igualmente Lhe prepararam uma morada no seu coração.
Viver na graça de Deus, cujo consulado é sua Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, e cujo Cônsul é o próprio Filho de Deus que, ao morrer na cruz e ressuscitar, adquiriu-nos para sermos cidadãos do seu Reino, o Céu.
A sabedoria da sã doutrina da Igreja nos convida, neste mês de novembro, a meditarmos na morte, passagem para todos desta vida para a eternidade… Tenhamos a certeza de que há uma só vida, uma só morte, um só julgamento e uma só eternidade.
Maria Francisca Crocoli Longhi – Fundadora da Comunidade Oásis