“Houve um tempo em Israel, onde acabaram os profetas, acabaram os sacerdotes, os juízes desapareceram, só uma única instituição ficou de pé: a família” .
O sinal da família é “os filhos”, enquanto o casal não tem filhos permanece sendo apenas casal, mas quando chegam as crianças aí sim se revela a família em sua plenitude: “quem recebe em meu nome uma criança é a mim que recebe, disse Jesus” (Mt 18, 5). É confiado a nós que somos pais de família, a preservação da identidade familiar e o zelo pelo nosso sinal.
A mulher tem um chamado especial e único hoje, para que a identidade familiar não se desfigure. Ao pai de família, foi ordenado desde o princípio, depois da queda do primeiro casal, que do trabalho tiraria o pão de cada dia, como ensina o Livro do Genesis: onde o homem através do suor dos trabalhos penosos, tiraria o seu sustento. (Gn 3, 17). O pai fica muito tempo do dia ausente do convívio familiar, pelas exigências próprias do trabalho.
A mulher no entanto é apresentado como via de salvação as dores que acompanha a maternidade, como estabeleceu Deus Pai quando disse: “ Multiplicarei os sofrimentos do teu parto, darás a luz com dor”. (Gn 3, 16). Quando uma mulher se torna mãe, ela é chamada a sucessivas renuncias em favor das crianças que dela depende. Para dar a luz para os filhos, todos os dias, a mulher renuncia a si mesma em benefício dos filhos. Talvez a maior dor da mulher moderna, ao se tornar mãe, não seja a dor do parto, mas a dor intima da certeza de saber que precisa renunciar a si mesma, seus projetos e auto realização em favor dos filhos que tanto necessitam dela.
Diante da realidade do mundo, diante de todas as dificuldades e perigos, que as crianças estão enfrentando na área da educação, da saúde, das leis; da mídia, será que a mulher não pode renunciar por um tempo a realização pessoal e cuidar do patrimônio mais precioso de um casal, que são seus filhos?
A cidade de Guaramirim no norte catarinense, teve o privilégio de ver o testemunho de três mães de família, que tiveram a inciativa de reivindicar o direito de liberdade e autonomia familiar para decidirem sobre seus filhos, para não ser inoculado a vacina do covid 19 em suas crianças. Centenas de famílias se uniram a essas mães, para protegerem seus filhos, questionando a imposição da vacina covid 19 para crianças menores de 5 anos, da qual ainda não se tem consenso médico sobre a segurança. Por iniciativa dessas mães, aconteceu uma Audiência Pública Internacional, onde participaram médicos dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, México e de juristas brasileiros . Interessante que um dos palestrantes ao ver o auditório lotado de pais e crianças, ele fez a seguinte observação: “Vejo que a maioria do público desse auditório são mães de família”; e concluiu dizendo: “São as mães que estão aqui, pois os pais estão em seus trabalhos para ganhar o pão de cada dia”, pois a audiência aconteceu em uma tarde da semana em horário comercial.
As famílias estão compreendendo cada vez mais a sua autoridade e sua soberania. A família é uma instituição sagrada, querida pelo próprio Deus. Quem luta contra a família fundada no matrimonio entre um homem e uma mulher, luta contra o próprio Deus. E como alerta os Atos dos Apóstolos para se ter o cuidado “ que não aconteça que vocês se encontrem lutando contra Deus” (At 5, 39).
Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!
Cleonice Macedo Kamer