Que palavra nossa poderá retribuir em gratidão tudo o que Deus fez e deu a nós? Jamais O louvaríamos condignamente.
Deus nos criou, criou o ser humano (homem e mulher) à Sua imagem e semelhança. Honrou-nos com a reflexão. Somente ao ser humano, dentre todas as criaturas, deu a razão (a alma, com inteligência, vontade e liberdade).
Enganados pela ‘serpente’, caímos no pecado e, pelo pecado, na morte e nos sofrimentos que a acompanham e nem por isso Deus nos abandonou. Ele enviou Sua lei e os profetas… tantos benefícios, porém, respondemos com nossa rebelião. E Ele, ainda assim, não se afastou de nós.
Fomos libertos da morte e chamados novamente à vida pelo Seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para entendermos de maneira mais fácil o mistério da Salvação de Jesus, pensemos no funcionamento de um grande aspirador de pó. Imagine sua casa imensamente suja por tudo, sem nem mesmo parecer uma casa habitável, e você começa a passar o potentíssimo aspirador, que vai sugando tudo para dentro de si…
Passemos essa realidade material para o campo espiritual: Jesus é o aspirador divino, da Misericórdia do Pai Eterno. Aspirou para dentro e fora de Seu corpo toda a nossa imundície do pecado em Sua agonia, julgamento, flagelação, coroação de espinhos, subida ao Calvário, despojamento de Suas vestes, crucificação e ali agonizou até a morte.
Nesse tempo de Quaresma, é urgente e necessário que façamos um excelente e minucioso exame de consciência para que nos percebamos verdadeiramente pecadores e que, de imediato, busquemos esse ‘aspirador divino’ que é Jesus, Deus humanado, e Nele, por Ele e com Ele encontremos o Abraço reconciliador com o Pai Eterno, conosco mesmos e com os outros.
Onde encontrar para nós repouso tranquilo e firme segurança a não ser nas chagas do Salvador? O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas, mas Ele, Jesus, Deus humanado, foi ferido por causa de nossas iniquidades (Is 53). Que pecado tão mortal que a morte de Cristo não apague? Se percebermos tão eficaz remédio, não haverá mal que nos possa aterrorizar.
Eis aqui a causa da nossa Salvação!