Existe um documentário de Nossa Senhora de Guadalupe que foi organizado pela TV Evangelizar; que pode ser encontrado no canal do You Tube com o título: “ Nossa Senhora de Guadalupe – Alegria da Fé”1. Neste documentário foi entrevistado o Pe Eduardo Chaves postulador da canonização de São Juan Diego, que foi o índio que Nossa Senhora de Guadalupe apareceu para ele no México.

O Pe Eduardo Chaves explicou um detalhe muito importante da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, mas que é pouco conhecido. A imagem da Virgem de Guadalupe, ficou estampada na túnica de Juan Diego, conhecida como “tilma”. A tilma era muito importante para os indígenas, é a continuação de sua própria pessoa. Com a tilma eles se casavam. Com o vestido de noiva da mulher e a tilma do homem faziam um nó e assim ele se casavam; ou seja, a Tilma é a minha pessoa. Na verdade, explicou o Pe Eduardo Chaves, Nossa Senhora apareceu no México assim como no mistério da visitação a sua prima Isabel. Nossa Senhora de Guadalupe esta grávida e ela deixa impressa na tilma de Juan Diego a imagem dela e de seu Filho, que está escondido no ventre dela.

Aqui estamos diante do detalhe da aparição de Guadalupe que muito tem a nos ensinar nos dias de hoje. Há mais de cinco séculos a cultura indígena asteca se deixou tocar por Jesus. A cultura asteca se rendeu ao Evangelho. Veja bem, tudo começou pelas vestes, pela túnica de Juan Diego. As vestes que era considerada a extensão da pessoa, pela cultura asteca, foi santificada pelo “toque” de Nossa Senhora.

No pensamento primitivo dos indígenas havia essa sabedoria de reconhecer o valor sagrado das vestes. Isso é uma verdade. Sempre me recordo do tempo que minha irmã fazia faculdade de moda e estilismo; ela dizia que durante 1 ano eles estudavam a psicologia da moda, pois a própria ciência psicológica afirma que a moda revela quem somos.

Na Diocese de Joinville, da qual pertenço, muitas Paróquias, Comunidades de vida e Movimentos, ofereceram para as famílias e os jovens uma preparação para as pessoas se consagrarem a Nossa Senhora, segundo o método de São Luís de G. de Montfort. Foi interessante ver o quanto o conhecimento de Nossa Senhora converteu o modo de como as pessoas se vestiam.

O homem convertido, a mulher convertida, reflete essa conversão em suas vestes. Se o demônio deixa suas marcas, seus reflexos nas roupas, através da cultura do feio, do rasgado, do colado ao corpo, do pouco comprimento da roupa, por sua vez, onde Nossa Senhora “toca”, ela deixa os reflexos de Deus que é bom, belo e verdadeiro, ordenando nas pessoas a maneira de se vestir.

Quantas jovens esposas católicas que estão se deixando padronizar em seu modo de vestir, pela cultura da pouca roupa. Essas jovens mulheres se deixam levar pela insegurança, ao se compararem com as outras mulheres, achando que vão perder o marido se não cederem a sensualidade da moda. Aqui que está o grande equívoco, a sensualidade, as vestes “largada”, rasgada, produz o efeito rebote; diminuindo o valor da mulher e deixando ela menos interessante.

Quantas vezes escutamos das mães o lamento de que se esforçam por educar seus filhos e filhas a se vestirem com dignidade, mas ao levá-los para a Igreja encontra catequistas, ministros e consagrados que dão contra testemunhos no modo de se vestirem.

Sabe de uma coisa, uma vez estava refletindo sobre as muitas vezes que fui em velórios. Tenho mais de meio século de vida, e não me recordo, desde criança, de ter ido a um velório, e o defunto ou a defunta tivesse com roupa indecente, por mais liberal que fosse a família, quando chega a hora da despedida, o defunto está bem vestido. Que o momento da morte nos ensine um pouco sobre a vida.

Cleonice Macedo Kamer

1 TV Evangelizar – https://www.youtube.com/watch?v=zExLx1C_hk8


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