A Igreja confessa, assim, que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ele é verdadeiramente o Filho de Deus que se fez homem, nosso irmão, e isto sem deixar de ser Deus, nosso Senhor: “Ele permaneceu o que era, assumiu o que não era”. Jesus trabalhou com mãos humanas, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tomou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.
A vinda de Jesus ao mundo, sua encarnação tem origem no amor de Deus pelos homens: “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por Ele” (1 Jo 4, 9). O próprio Deus que se entrega aos homens, fazendo-se participante da natureza humana, na unidade da pessoa.
“Não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que ele seja o resultado de uma mescla confusa entre o divino e o humano. Ele se fez verdadeiramente homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem” (Catecismo, 464).
“O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim” (Gl 2,20). Amou-nos a todos com um coração humano” (Catecismo, 478). Por este motivo, o Sagrado Coração de Jesus é o símbolo por excelência do amor com que ama continuamente ao eterno Pai e a todos os homens.
O Verbo, a Palavra de Deus, é Verbum spirans amorem, é a Palavra da qual procede o Amor. O Amor revela-se a nós através da Encarnação, desse caminhar redentor de Jesus Cristo pela nossa terra, até ao sacrifício supremo da Cruz. Por isso, a Jesus devemos toda a nossa adoração, crer Nele, amando-O sobre todas as coisas, sem buscar outros deuses. “Deus deve ser reconhecido por aquilo que é, Absoluto e Transcendente, sem a possibilidade de lhe pôr ao lado outros deuses, que O negariam como Absoluto, tornando-o relativo. Esta é a fé que faz de Israel o povo de Deus; trata-se da fé proclamada no conhecido texto do Shemá Israel: ‘Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, toda a tua alma e todas as tuas forças’ (Dt 6, 4-5)”. (Bento XVI)
Não há maior liberdade para o homem que a de reconhecer sua condição de criatura e adorar a Deus: esse é o remédio mais eficaz contra todas as idolatrias: “quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, mesmo que seja forte. Nós, cristãos, só nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento”. (Bento XVI)
Fonte: Extraído do site https://opusdei.org/pt-br/