No mês de abril de 2020 completa 40 anos que o Papa João Paulo II decretou em toda a Igreja, a Festa da Divina Misericórdia, que acontece no primeiro domingo depois da Páscoa.
Em 1980, o Papa João Paulo II publicou a encíclica dedicada à Divina Misericórdia. Nesta encíclica ele mostrou para nós católicos que: “Em nenhum momento e em nenhum período da história – especialmente numa época tão crítica como a nossa – a Igreja pode esquecer a oração, que é o grito de apelo à Misericórdia de Deus perante as múltiplas formas de mal que pesam sobre a humanidade e a ameaçam”.
Foi São João Paulo II que nos ensinou que quanto mais o mal nos cerca e ameaça, mais devemos recorrer a oração. É a oração que iluminará a nossa consciência de que mal pessoal praticamos, e é a oração que vai dar a força para abandonar o mal.
O sacerdote George W. Kosicki, conhecido por ser um apaixonado anunciador da Divina Misericórdia, escreveu um livro que trouxe um ensino do Cardeal Ratzinger que mostra o ponto central da cultura da morte, que é “olho do furacão” desta cultura. O ponto central nada mais é do que a infeliz ruptura entre o sexo e procriação. Aqui entramos no submundo da contracepção e o aborto.
Hoje, o Senhor nos concede a graça para nós mulheres de nos arrepender, neste tempo da Misericórdia, de toda prática contraceptiva, da qual precisamos renunciar para conquistar o céu.
Renunciar o anticoncepcional, o DIU, ou qualquer outro método contraceptivo. Aquelas que fizeram a laqueadura, hoje é tempo de reconhecer esta “ferida”, e oferecer a dor do arrependimento em reparação desta falta, contra a natureza do corpo.
São Pedro nos ensina que só é possível restaurar todas as coisas em Cristo, quando nos arrependemos e nos convertemos. Não basta só nos arrepender, precisamos nos converter, abandonando o pecado. Se nós mulheres católicas abandonarmos a prática da contracepção, o olho do furacão da cultura da morte, perderá muito de sua força.
Quando São João Paulo II falava da Divina Misericórdia, ensinava que quanto mais o mal aumenta, mais devemos nos voltar a oração. Para nós católicos, não estamos mais em tempo de distração, mais de decisão. Decidir por se afastar das demasiadas informações e notícias, e se aproximar do que verdadeiramente pode nos salvar, que é a oração, que é a porta de entrada da Divina Misericórdia.
Cleonice M. Kamer