Ó Tu, que estiveste com a Igreja nos inícios da sua missão, intercede por ela para que a palavra da Verdade Divina e o Espírito do Amor encontrem acesso nos corações dos homens, que sem esta Verdade e sem este Amor não podem na realidade viver a plenitude da vida. Ó Tu, que do modo mais pleno conheceste a força do Espírito Santo, quando Te foi concedido conceber no Teu seio virginal e dar à luz o Verbo Eterno, obtém para a Igreja poder continuamente levar a que renasçam da água e do Espírito Santo os filhos de toda a família humana, sem qualquer distinção de língua, de raça e de cultura, dando-lhes de tal modo “poderem tornar-se filhos de Deus” (Jo 1, 12). Ó Tu, que estás tão profunda e maternalmente ligada à Igreja, precedendo — nos caminhos da fé, da esperança e da caridade, sê a Mãe de todos os nossos caminhos terrestres, mesmo quando eles se tornem tortuosos, para que todos nos encontremos, no fim, naquela grande Comunidade que o Teu Filho chamou Rebanho, oferecendo por ela a sua vida como Bom Pastor. Ó Mãe dos homens e dos povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Tu sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que agitam o mundo — acolhe o nosso grito dirigido no Espírito Santo, diretamente ao Teu coração e abraça com o amor da Mãe e da Serva do Senhor os povos que mais esperam este abraço. Toma debaixo da tua proteção maternal a família humana inteira que, com afetuoso transporte, a Ti, ó Mãe, nós confiamos “O Espírito e a esposa dizem ao Senhor Jesus ‘Vem’ ” (cf. Ap 22, 17). “Assim a igreja universal apresenta-se como povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Assim repetimos nós hoje: “Vem”, confiando na tua maternal intercessão, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Oração de São João Paulo II – Basílica de Santa Maria Maior 8 de Dezembro de 1981