Existe no Brasil mais de oito milhões de viúvos, segundo o último censo (IBGE,2016). São muitas as pessoas que vivem esta realidade de vida. Agora, poucas pessoas conhecem sobre a predileção que a Igreja Católica tem pelos viúvos, principalmente por aqueles que escolhem não se casar novamente. A viuvez bem vivida é um prolongamento do matrimônio, ou seja, as graças recebidas no sacramento do matrimônio continuam a fluir para o esposo(a) que escolheu permanecer sozinho após a morte do seu cônjuge.
Quando uma pessoa fica viúva, precipitadamente a sociedade pressiona ela para que se case novamente, isso é um equívoco. Quantos homens e mulheres que se desviam da fidelidade a Deus justamente quando ficam viúvos. Quantos viúvos, por terem medo da solidão, se envolvem em relacionamentos sem compromissos sérios, por não querer dividir heranças, e colocam suas vidas em risco de perderem a eternidade. Esses viúvos desconhecem na verdade a beleza que é permanecerem viúvos, e a abundância de graças que é concedida para quem vive bem este estado de vida.
Como diz o Salmo 86, 7 “Todas as minhas fontes se acham em ti”. Todas as fontes de respostas legítimas, de alegria, de força, de paz; de um homem e de uma mulher católica que enfrentam a viuvez, se encontram ainda no sacramento do matrimônio. Essa verdade quem ensinou foi o Papa Pio XII em um encontro para o dia internacional das famílias.1
Quem conhece uma pessoa viúva, fala pra ela sobre a Boa Nova que foi proclamada pela Igreja através do Papa Pio XII: “que embora a Igreja não condene que o viúvo venha se casar de novo, a Igreja tem predileção pelos viúvos que permanecem fiéis ao seu cônjuge, ou seja, pelos viúvos que escolhem viver no estado de viuvez. O Papa Pio XII chegou a dizer que: “longe de destruir os laços de amor humano e sobrenatural contraídos pelo matrimônio, a morte pode aperfeiçoá-los e fortalecê-los. Quando um dos cônjuges, liberto dos laços carnais, entra na intimidade Divina, Deus o livra de toda fraqueza e de todo egoísmo; convida também ao cônjuge que ficou na terra a se estabelecer numa disposição de alma mais pura e espiritual… Tal é a grandeza da viuvez, quando é vivida como prolongamento das graças do matrimónio e preparação para o seu desabrochar à luz de Deus.”2 Como disse São Paulo em sua I Carta aos Cor 7, 40 é mais feliz na viuvez quem permanecer como está (I Cor 7, 40).

1. DISCURSO DO PAPA PIO XII AOS PARTICIPANTES “DIAS INTERNACIONAIS DA FAMÍLIA”. SOBRE O TEMA “AS FAMÍLIAS PRIVADAS DO PAI”, ORGANIZADAS PELA UNIÃO INTERNACIONAL DAS ORGANIZAÇÕES FAMILIARES. 16 de setembro de 1957. http://a-grande-guerra.blogspot.com/2010/02/viuvez-crista-papa-pio-xii.html
2. Ibid.

Cleonice M. Kamer


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