O Pai manifesta a sua paternidade através das palavras e da vida do Filho eterno, que entrou na história humana ao assumir a nossa natureza. Cristo, com as suas obras e as suas palavras, revela-nos o Pai e dá-nos a conhecer o Seu amor infinito.

Com a Sua morte e ressurreição, Jesus Cristo venceu a morte e o pecado para nos libertar do seu domínio. Alcançamos a salvação pelo Seu Sangue; Ele é o Cordeiro que foi sacrificado por nós, para podermos receber uma vida nova de perdão, amor e alegria. Por Ele alcançamos a redenção.

Que segurança devemos ter na misericórdia do Senhor! “Clamará por mim e eu o ouvirei, porque sou misericordioso”. É um convite, uma promessa que não deixará de cumprir. “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançarmos a misericórdia e auxílio da graça no tempo oportuno” (Heb IV, 16). Os inimigos da nossa santificação nada conseguirão, porque essa misericórdia de Deus nos protege por antecipado; e se por nossa culpa e fraqueza caímos, o Senhor nos socorre e nos levanta. “Tinhas aprendido a evitar a negligência, a afastar de ti a arrogância, a adquirir piedade, a não ser prisioneiro das questões mundanas, a não preferir o caduco ao eterno. Mas, como a debilidade humana não pode manter um passo decidido num mundo resvaladiço, o bom Médico te indicou também remédios contra a desorientação, e o Juiz misericordioso não te negou a esperança do perdão (Santo Ambrósio). Repara que entranhas de misericórdia tem Deus! – Porque, nos julgamentos humanos, castiga-se a quem confessa a sua culpa; e no divino, perdoa-se.

É preciso pedirmos insistentemente à Santíssima Trindade que tenha compaixão de todos. Recorrermos à Sua misericórdia, à Sua compaixão, para que não olhe para os nossos pecados, mas para os méritos de Cristo e de sua Santa Mãe, que é também nossa Mãe.