O fenômeno das Novas Fundações surgiu a partir do derramamento do Espírito Santo em profusão sobre a Igreja, trata-se de novos carismas com seus fundadores e vocacionados chamados a viver a radicalidade do Evangelho de Cristo. Assim escreve São João Paulo II:
“A perene juventude da Igreja continua a manifestar-se também hoje: nos últimos decênios, depois do Concílio Ecumênico Vaticano II, apareceram formas novas ou renovadas de vida consagrada. Em muitos casos, trata-se de Institutos semelhantes aos que já existem, mas nascidos de novos estímulos espirituais e apostólicos.” (Vita Consecrata, 12)
A nomenclatura usada para definir estas formas novas de viver a vida consagrada, diferente da vida consagrada já existente na Igreja, é: ‘consagração de vida’. Pela consagração de vida os membros das Novas Fundações buscam a vontade de Deus, assumindo um compromisso de viver na pobreza, na castidade e na obediência. Pobreza para nós abrange a área do desapego de tudo e de todos, abandonando-se na Divina Providência; a obediência acontece através das regras, estatutos e das autoridades constituídas, e, por fim, a castidade, sendo para os casados conforme o documento Humanae Vitae 9: “Total, fiel e fecundo” e para os solteiros através da abstinência sexual.
“Estas novas formas de vida consagrada, que se vêm juntar às antigas, testemunham a constante atração que a doação total ao Senhor, o ideal da comunidade apostólica, os carismas de fundação continuam a exercer mesmo sobre a geração atual, e são sinal também da complementaridade dos dons do Espírito Santo.” (Vita Consecrata, 12)
Os casais casados e com filhos fazem o grande diferencial dentro de uma consagração de vida, a Igreja nunca testemunhou esta nova forma de consagração. Compete a Mãe Igreja traduzir esta nova profecia. Testemunhamos uma forma nova de viver a vida consagrada, somos uma ‘profecia’ para a Igreja e para o mundo.