Todos os batizados em Cristo Jesus tem uma vocação universal, que é à santidade e à missão de evangelizar o mundo, como nos ensina a Santa Igreja. Partindo dessa vocação universal, muitos descobrem um chamado mais particular, que é o de leigo consagrado em uma Nova Fundação.

A todos os que entram nessa consagração de vida, é preciso ler os sinais dos tempos de hoje e ser um antídoto, querer sê-lo, guardar-se do mal que sutilmente vai arrastando tantos dentro da Igreja. Todo o pecado cometido por aquela forma de viver dentro da Igreja também é suscetível para quem entra. Todo aquele que vive a vida cristã passa a perceber e a correr o risco de adentrar nesse pecado, nesse veneno, nestas situações que estão acontecendo na vida cristã: ser contrário aos mandamentos, o achismo e relativismo, a destruição da identidade do homem e da mulher, etc. Situações de pecados que permeiam as formas de vida na Igreja, as quais vamos ser tentados. Por isso, cuidado, pode acontecer conosco.

Muitas vezes, a preocupação dos fundadores e cofundadores são com os números e com outras situações em que se corre o risco de diminuir a exigência vocacional: os dons que os membros possuem (“já que a pessoa tem esse dom, não posso dispensá-la”); ou a amizade de muitos anos com um membro; ou esse ajudou a comunidade a nascer, fez muitos favores, como dispensá-lo? Mas essa pessoa não tem verdadeiramente o chamado ou não está tendo uma resposta condizente com a vida consagrada que deve ser vivida. Assim se fica negociando vocação ou abre-se exceções para pessoas desequilibradas, psíquica e afetivamente, em nome da acolhida.

A acolhida é para os grupos de oração, de evangelização que a comunidade possui como missão, mas não para uma pertença ao núcleo da comunidade, que exige a radicalidade, a pureza, a vivência dos conselhos Evangélicos, a retidão em tudo aquilo que se vive e que se faz. Em uma comunidade se exige a capacidade de autodomínio do espírito, uma capacidade de ações comunitárias em que as pessoas precisam estar disponíveis e dispostas a uma convivência intensa e fraterna e muitas pessoas não tem isso dentro, essa capacidade de responder. Esses que vem beber, podemos sim auxiliá-los na caminhada, mas não nos tornarmos responsáveis por um chamado.