Pertencer a uma comunidade, viver uma consagração de vida é um grande privilégio, não é uma decisão pessoal unicamente, mas sim, uma decisão divina. Ser consagrado é um chamado de Deus.
São quatro as características para realmente viver a pertença a um carisma:
O vocacionado deve ter capacidade para viver seu chamado, ser temente a Deus, fiel e incorruptível.
Ser Capaz:
O discernimento vocacional vai discernir se a pessoa é capaz de dar os passos diários e as respostas positivas de acordo com as exigências do carisma.
Primeiro: Será o vocacionado capaz de viver a pobreza, a castidade e a obediência?
Por exemplo, o acompanhador do vocacionado coloca nas mãos dele tarefas simples, tais como: lavar a louça, varrer o patio, cortar a grama e observa se a tarefa foi cumprida. Se o vocacionado dá respostas, mesmo que não sejam ainda o ideal, é sinal de que Deus o está chamando e ele é capaz de responder a este chamado.
Na luz do discernimento:
Nas pequenas coisas já se pode perceber se um jovem é capaz de assumir a tarefa. Por exemplo: ele consegue terminar o trabalho, ele permanece no local da tarefa, ele se empenha em fazer o melhor possível? etc. Para assumir uma vocação a pessoa deve ter as mínimas condições de viver uma rotina, de assumir horários, de não fugir dos compromissos. É comum encontrarmos pessoas excessivamente infantis e carentes a ponto de sempre estar em busca da atenção de alguém.
Na pobreza, é preciso que o vocacionado seja capaz de renunciar, por exemplo a um presente que ganhou, de dar algo que o outro necessita, se é capaz de alegrar-se, de ter um bom humor, serenidade. A pobreza exige paciência nas contrariedades, exige renúncia ao aconchego familiar, exige que se dê preferência a missão, ao apostolado em detrimento das amizades, da família e das comemorações etc…
Na castidade é preciso discernir se aquele candidato a vocação é capaz de viver a castidade, a pureza, os relacionamento com os irmãos sem paixonites, os casados devem ser capazes de relacionar-se sem constrangimentos. Além disso, na vida fraterna, deve crescer em um processo contínuo a confiança, o amor entre os irmãos, sem imaginações, sem fantasias, controlando e buscando a cura dos afetos. Lembrando sempre que o lugar legal para resolver as questões fraterna é sempre a formação individual, onde com a ajuda do formador a pessoa vai descobrindo suas infantilidades e carências.