Se a comunidade proclama que Jesus Cristo é o Senhor, o Verbo que desceu dos céus, se encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem. Que por nós foi crucificado, padeceu e foi sepultado, Ressuscitou ao terceiro dia, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai, então Ele vem de Deus. E esta é a profissão da nossa fé. Se há alguém na comunidade que não professa essa fé, não deve fazer parte…

Nós viemos para ser uma profecia neste mundo descrente, e aqueles que não nos escutam é porque são deste mundo. Deus envia-nos um povo para proclamar a este povo a Sua Palavra, a Sua Verdade. A nossa vocação, a nossa consagração não é somente por causa de nós, por isso a gente precisa amadurecer na pobreza, na obediência e na castidade, porque nós não estamos aqui só por nós, nós estamos aqui porque Deus nos deu uma missão.

Esta missão que proclamamos que Jesus se tornou carne: anunciamos que Ele veio de Deus, tomou a forma humana e leva essa humanidade aos Céus. “Se alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!” (Gal 1, 8-9)

Por isso não podemos acolher aquilo que é contrário à doutrina da Igreja. Devemos, sim, acolher as pessoas na Igreja, pela dignidade humana que possuem, mas em relação ao seu pecado, ao seu vício, não podemos dizer que é certo aquilo que não é certo.

Acolher a pessoa é diferente de ter de esclarecê-la sobre a Verdade, de dizer aquilo que Jesus diz. É necessário compreendemos a realidade da pessoa, a escutarmos, mas não quer dizer que devemos aprovar aquilo que está fazendo de mal. Aí entra então a nossa pobreza, que consiste também em abdicar do nosso intelecto para viver a obediência ao autêntico Magistério da Igreja.