Podemos dizer com segurança que nunca vai ser fácil responder o chamado de Deus. Se contássemos apenas com as nossas próprias forças, certamente seria impossível. Mas, porque contamos com a Graça de Deus, podemos ter esperanças de escutar e responder com generosidade aquilo que Ele nos pede. Nós não podemos fugir do nosso destino; quantos já fugiram de seu destino na comunidade, na família, na Igreja. Não é que a gente não possa sair da vocação ao qual fomos chamados, mas é que deixaremos de ser quem somos, não é que somos obrigados, tem que partir de um “eu quero”, é preciso chegar nisso. O nosso destino não é a morte, é Ele (Deus), é voltar a existir no Céu com Ele, onde não há lágrimas, nem sofrimentos, nem frio, nem fome, porque lá tudo é saciado.

Vivemos numa tensão aqui na terra porque nossa alma busca satisfação, a nossa humanidade quer ser satisfeita em seus desejos e em suas paixões, se não é bom pra mim enquanto sentimento, enquanto afeto, enquanto intelecto, se não é prazeroso enquanto corpo, o que estamos fazendo na comunidade? Surgem as dúvidas diabólicas. Todas as vocações possuem suas particularidades, dificuldades e alegrias. Todas elas exigirão uma entrega que só é possível se o fundamento está em Deus. O mais importante é o real desejo de seguir o Senhor, junto com a coragem de ir se colocando cada vez mais em suas mãos. E não é fácil, porque o caminho do Senhor é o caminho da Cruz e nós não gostamos de caminhos com cruzes. Sabemos que o Senhor nos chama a passar pela porta estreita, mas insistimos em buscar àquela mais larga.