Deus nos chama pelo nome, somos Dele. Ele nos trouxe à Sua Igreja e nos ama como coisa Sua. Deus é o nosso Pai, Jesus nosso Amigo Divino que nos ama até o ponto de entregar-se inteiramente por nós e o Espírito Santo o nosso Consolador. Deus deu a Si mesmo para nós e espera que demos o que somos e o que temos a Ele. Precisamos corresponder ao chamado que o Senhor nos fez, se correspondermos, a nossa pobre vida deixará na história a luz fecunda de Cristo eterno e Divino.
É preciso o abandono aos desígnios de Deus e a vivência da obediência da fé. Pois “o mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2,17). Quando Ele nos chama a um Carisma, não é em função de nós mesmos, mas por causa de um povo, para que Ele possa realizar neste povo a Sua salvação.
Toda escolha de Deus traz uma graça, quando Deus coloca Seu olhar em alguém, como colocou em seus apóstolos, o Seu convite de segui-Lo é para justamente ser preparado e formado para ser um instrumento de salvação providencial para este tempo.
A nossa vida não pertence mais a nós mesmos, estamos nas mãos de Deus e somos conduzidos a cada dia por Ele com a docilidade de coração necessária para cumprirmos com a Sua santa vontade, com os dons e carismas que Ele derrama sobre nós para servirmos à Sua Igreja. Não estamos mais a disposição de nós mesmos, mas de um outro que é Deus.
A vontade de Deus é soberana, está acima de cada um de nós: antes da minha vontade existe a vontade Daquele que me quis. Nem as tramas do mundo, nem as feridas humanas nos impedirão de realizar o bem que Deus deseja, porque Ele nos quis. Ele não nos quis somente como uma vocação a um Carisma, não é aí que começou a Sua escolha, mas quando Ele nos fez e passamos a existir, para sermos um dom de Deus e o bem que devemos ser.