O primeiro documento da Igreja que fala a respeito das Novas Fundações é a Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre a Vida Consagrada e a sua missão na Igreja e no mundo, de São João Paulo II. Este documento foi lançado em 1996 – antes disso, nada existia escrito a respeito de Novas Comunidades.
No parágrafo 62 está escrito:
Novas formas de vida evangélica
O Espírito, que, ao longo dos tempos, suscitou numerosas formas de vida consagrada, não cessa de assistir à Igreja, quer alimentando nos Institutos já existentes o esforço de renovação na fidelidade ao carisma original, quer distribuindo novos carismas a homens e mulheres do nosso tempo, para que deem vida a instituições adequadas aos desafios de hoje. Sinal desta intervenção divina são as chamadas Novas Comunidades (Novas Fundações), com características de algum modo originais relativamente às tradicionais.
A originalidade destas novas comunidades consiste frequentemente no fato de se tratar de grupos compostos de homens e mulheres, de clérigos e leigos, de casados e solteiros, que seguem um estilo particular de vida, inspirado às vezes numa ou noutra forma tradicional ou adaptado às exigências da sociedade atual. Também o seu compromisso de vida evangélica se exprime em formas diversas, manifestando-se, como tendência geral, uma intensa aspiração à vida comunitária, à pobreza e à oração. No governo, participam clérigos e leigos, segundo as respectivas competências, e o fim apostólico vai ao encontro das solicitações da nova evangelização.
Somos, sim, uma novidade de Deus!
Somos as Novas Fundações na Igreja de Jesus Cristo, com características originais em relação às fundações tradicionais. Existem poucos documentos oficiais a nosso respeito, por isso, somos chamados a conhecer, acolher e viver aquilo que já existe sobre a vida consagrada na Igreja, lembrando sempre que somos leigos com uma consagração de vida.
Naquilo que está escrito sobre a Vida Consagrada está o caminho para o seguimento de Cristo, esta riqueza também nos pertence, fomos chamados a seguir Cristo de perto, a consagrar nossa vida e a estar em Sua companhia. Temos a missão de difundir o Evangelho de Jesus, ministrar a efusão do Espírito Santo e, por fim, somos convidados a participar de Seu destino.
Quando mergulhamos mais fundo naquilo que já foi escrito sobre a Vida Consagrada, demonstramos nosso desejo de ser totalmente Dele, Daquele que nos chamou. Por isso não podemos viver os pensamentos do mundo dentro de nossas comunidades, mas justamente fazer das nossas comunidades um lugar da eternidade, de santidade e da divinização. Consagração não é brincadeira. No início de nossa Comunidade, muitos consagrados abandonaram a missão, pois, logo depois dos primeiros compromissos como consagrados veio a tentação: “atingi meu objetivo, já sou consagrado….” E foram embora. A realidade é justamente oposta: com a consagração estamos começando um caminho rumo ao definitivo, o Céu, a eternidade; não se para ali, só se para no Céu.
E você vai perseverar até quando? Até quando der, quando for? Até quando eu achar que está bom?