Esta graça que te foi dada, não é coisa sem importância. O descaso nos rodeia, o acostumar com a graça, o medo de nos envolvermos demais nos rodeia.
Podemos nos perguntar: até onde queremos ir? Até onde iremos? Até quando surgir problemas pessoais? Até quando alguém não gostar mais de nós? Até quando sentirmos saudades de algumas coisas que vivíamos antes? Até quando a tentação vier e for maior naquele momento o desejo de possuir do que o de recusar, de renunciar?
Até onde vamos? Mudemos a perguntar, coloquemos Jesus, até onde nós não iríamos se Jesus está conosco? Viver é enfrentar dificuldades, sentir no coração alegrias e dissabores, e é nessa forja que o homem pode adquirir fortaleza, paciência, serenidade. Bem agarrado ao braço do Senhor, considera que Deus não perde batalhas. Porque amou muito, Nosso Senhor bebeu o cálice da Paixão até a última gota, quando finalmente disse: “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Porque nos ama, Deus Pai permanece sempre bom e fiel, e não desiste de nos ajudar em vista da salvação eterna.
Então vivemos essa tensão entre nossa humanidade ferida e as propostas de diabolização. Eu só posso retornar pela fé à lucidez do bem que Deus fez pra mim, só a fé nos dá a lucidez do que eu tenho e não tenho de fazer.