Uma pessoa é considerada cristã porque acredita-se que Jesus está vivo, que triunfou da morte, ressuscitou, e é, para todos os humanos, o único mediador entre Deus e os homens. Dessa mediação participam tudo aquilo (o universo e tudo aquilo que contém) e todos aqueles (dos mais sábios aos mais humildes) que, pela vida e pela palavra, proclamam o poder e a misericórdia de Deus.
Aquele que não crê na ressurreição de Jesus Cristo, não acredita que Ele é Deus, o iguala a qualquer grande homem. Mas as razões e os fundamentos da nossa fé na ressurreição estão nos ensinamentos de Jesus. Uma corrente da época de Jesus, que eram os saduceus, não acreditavam na ressurreição e, contradizendo essa corrente religiosa, o Senhor afirma: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25). Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar. O Catecismo da Igreja Católica ainda vai afirmar que “a esperança cristã na ressurreição está toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como Ele, com Ele, por Ele (CIC 995).
Crendo que, um dia, ressuscitaremos com Cristo, Paulo nos apresenta como devemos nos comportar, nesta terra, até alcançarmos a glória com Deus. O apóstolo escreve: “Portanto, que o pecado não impere mais em vosso corpo mortal, sujeitando-vos às suas paixões; nem entregueis vossos membros, como armas de injustiça, ao pecado ” (Rm 6,12-13). O mesmo espírito que ressuscitou Jesus dos mortos também dará vida aos nossos corpos. Não há cristão se não há fé na ressurreição. Desta forma, para que um dia alcancemos o prêmio da vida eterna, precisamos viver com Cristo, morrer com Cristo para também ressuscitar com Cristo.