A pobreza exige a honestidade, é preciso a transparência, que é um dom do Espírito Santo. É preciso dizer o que se passa dentro do meu coração, nas formações pessoais. A pobreza consiste em revelar o que está dentro de mim, o que está no meu afeto, o que está no meu coração que precisa vir para fora, antes que se arme contra mim coisas que eu não possa mais voltar atrás. O pecado não começa no momento que eu faço, mas ele começa nas intenções do coração.

Quantos deixaram sua vocação, e por que a deixaram? Porque o afeto por si mesmo foi maior do que o afeto por Aquele que o chamou. Para aqueles que têm um autêntico chamado, não pode-se dizer que se enganou e não tem mais o chamado, pois esse chamado foi provado e aprovado por um tempo significativo.

Há pessoas que fazem a sua primeira consagração, que se renova por mais um ano, pensando “vou ver como vai ser”. É melhor que não se consagre, pois é a mesma coisa que dizer: “eu vou casar para ver como vai ser, se não der certo, separo”.

O tempo antes da consagração é muito importante, para que a comunidade confirme e a pessoa também, se está apto para manter uma decisão vocacional venha o que vier, assumindo o compromisso do chamado até o fim, porque na consagração se inicia um caminho, não é o término dele. Há pessoas que se consagram achando que terminou um caminho, ao entrar, fez o vocacional, o discipulado até chegar a consagração, e ao colocar o sinal diz: “pronto, agora sou consagrado, não é assim para você mandar em mim, agora eu posso fazer do meu jeito”. E muitos por entenderem e agirem assim vão embora.