Não vamos chegar à Consagração dizendo: “Sou abandonado em Deus”, se não nos abandonamos nas mãos humanas de nossas comunidades. Não posso dizer que obedeço a Deus se não sou capaz de acolher aquilo que, na formação, é solicitado a mim. Assumir a identidade de quem sou e a responsabilidades de meus deveres.
Se não sou capaz de responder às pequenas sugestões do dia, às pequenas regras da minha comunidade que se inicia ou aos grandes desafios que me são solicitados pela via humana, não sou capaz de viver uma consagração de vida.
Quer um discernimento vocacional de quem obedece a Deus? É quem obedece o homem. Porque não é ao homem que estamos obedecendo. É Deus que, através da formação, da fundação, da missão, vai me solicitando a minha autonomia para que eu seja verdadeiramente livre.
Não vivo uma consagração de vida para ‘obedecer pessoas’, mas para que a obediência a Deus seja vista pelos homens.
Santo Afonso de Ligório nos confirma, dizendo que: “A verdadeira obediência não considera aquele a quem é prestada, mas sim aquele por quem se obedece; e se obedece só por nosso Criador e Senhor, é ao mesmo Senhor de todos que se obedece.”