Deus pensou para nós, para os leigos consagrados, uma simplicidade de vida. A simplicidade não significa facilidade, mas significa que está ao nosso alcance, é possível, e não precisamos ficar inventando coisas, mas viver bem aquilo que precisamos viver.
Alguns serviços muito simples do dia a dia, que fazem parte de uma casa, de uma família, são importantes ressaltar dentro de uma comunidade: cuidar do jardim, lavar a louça do meio dia, limpar, arrumar aquela sala, estar na lavanderia lavando aquelas roupas. O que isso tem a ver com o Carisma, com o dom, com a consagração de vida?
É a normalidade da vida primeiro que temos de viver. Nos protege para não nos sentirmos eletizados, para que a nossa pregação não seja demais espiritualista, e não seja humana e espiritual.
Também quando os apostolados são comunitários, é o momento da fraternidade, de trabalharem e partilharem suas vidas, o que viram e ouviram, ali estão todos juntos e é formativo, é necessário se trabalhar nessas realidades; é importante também os homens trabalharem com trabalhos que exigem força. A mulher precisa aprender a cuidar, proteger, viver de forma equilibrada a feminilidade e a maternidade espiritual, que precisam vir para fora. Fazer os trabalhos que lhe competem, ser delicada, atenta, feminina. Aquele que pensa vir para uma comunidade para ser intelectual, fique em casa.
Homens e mulheres estão juntos para que haja um complemento um do outro, para trazer ao mundo a identidade que Deus fez. E esses trabalhos nos formam: saber falar, saber comer, saber sentar-se à mesa, se servir. Na comunidade vamos nos ajudando e, com o tempo, vamos descobrindo os dons de cada um e se ajustando, e quando for necessário, realizar aquilo que foi pedido mesmo não tendo o dom, dando uma resposta de maturidade.