Na vida consagrada, o Senhor nos chama e exorta a uma vida de fidelidade e transparência para com Ele, para que, como consequência, haja uma verdadeira comunhão entre os membros, principalmente para com aqueles que vão nos auxiliando na formação e que vão nos coordenando.
Para alcançarmos a comunhão precisamos encontrar na comunidade membros que buscam a fidelidade a Deus e ao Carisma, no desejo de serem autênticos. A comunhão entre os irmãos é uma união espiritual baseada na mesma fé e no mesmo projeto de vida. É o Espírito Santo que vai realizando nos membros “um só coração e uma só alma” (At 4,32).
O Espírito de Jesus é capaz de realizar o milagre da união na vida fraterna, apesar de ser uma conquista com grandes batalhas espirituais, porque o demônio vai querer dividir para destruir, partir no meio, confrontar, desintegrar, fazer murmurações, fofocas, suspeita no meio daqueles que tem de ter comunhão.
A vida vivida em comunhão é cheia de sentido, e não se refere a conversas espontâneas, reuniões e diversões, é muito mais que isso. É experimentar a vida juntos, amando desinteressadamente, é de coração para coração, nasce do mais íntimo do nosso ser. Fazendo muitas vezes sacrifícios, confessando nossos fracassos e pedindo ajuda e oração.
É necessário também ter comunhão e zelo pelas decisões do fundador. Um autêntico fundador não toma decisões que surgem simplesmente de sua cabeça, mas são decisões sérias, com uma escuta de Deus em relação a uma vocação, a uma missão e que não é uma questão sem importância. São diretrizes que os membros devem amar e realizar.
Que o Senhor nos conceda a graça de observar se realmente buscamos a comunhão na nossa Comunidade, numa experiencia não superficial, mas espiritual, cheia de beleza e santa convivência, como pessoas livres que estão sob a graça.